No próximo mês, o líder paulista, Tarcísio de Freitas, pretende submeter à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) uma proposta legislativa para a privatização da Sabesp, a principal empresa estatal sob controle do governo estadual.

Fontes da CNN Brasil indicam que a proposta, já em posse do governador, permitirá a privatização e integrará pedidos de vários prefeitos, entre eles, a possibilidade de unificar a cobrança de taxas de lixo e de água na fatura da Sabesp.

Para que a proposta seja aprovada na Alesp, é necessário obter pelo menos 94 votos de apoio dos deputados estaduais. Como parte de sua campanha para garantir esse apoio, Tarcísio encontrou-se com 375 prefeitos de São Paulo, defendendo os benefícios da privatização, principalmente a promessa de tarifas mais baixas e a ampliação dos serviços oferecidos.

Apesar de ainda não haver uma estimativa concreta, espera-se uma redução de até 6% nas tarifas. Durante as discussões, Tarcísio ressaltou que os preços dos serviços não aumentariam após a privatização.

Opositores, no entanto, têm levantado preocupações. Guilherme Boulos, uma figura destacada na política paulista, alertou sobre um possível aumento nos custos das contas de água para os residentes servidos pela Sabesp após sua privatização.

Hoje, a Sabesp é uma empresa listada, onde 50,3% das ações pertencem ao estado de São Paulo, e as demais são negociadas nas bolsas B3 e em Nova York. Desde o início de seu mandato, Tarcísio manifestou interesse em finalizar a venda da Sabesp até 2024, em um esquema parecido com o adotado pela Eletrobras. A gestão estadual está no processo de selecionar quatro bancos, dois locais e dois estrangeiros, para orientar a venda da empresa.